Olá leitores, li um texto recentemente no blog Perfume de Morgana, da Dominadora Morgana, e resolvi postar aqui um resumo dele. Boa leitura me ajuda a nortear minha jornada, sendo assim, entender os tipos de relacionamentos que se pode ter no BDSM é fundamental para a evolução do submisso e da Dominadora. No final coloquei o link do original que li.
As Bases do BDSM
Uma relação de dominação ou sadomasoquista requer um “norte” para que não se torne completamente desastrosa. Não existe uma verdade absoluta no universo, e no BDSM não seria diferente, então, o que é fetiche pra mim pode ser abominável a você, o que é consensual pra mim, pode lhe parecer absurdo. Nenhuma interpretação é certa ou errada. O que temos, de fato em comum a todas as bases é o conceito de consensualidade, que difere o BDSM de violência pura e simples. Contudo, o conceito de consensualidade pode, ainda, ter diversas interpretações, devido à sua subjetividade. Portanto, faz-se necessário definir os princípios que norteiem os praticantes e suas relações interpessoais. Esses príncípios são conhecidos como BASES DO BDSM, a saber:
SSC (Sane, safe and consensual)
A base mais conhecida do BDSM, criada na tentativa de dissociar a imagem dos BDSMers de comportamentos violentos, criminosos, doentios e abusivos, preconizados pela sociedade. É fundamentada nos pilares de sanidade, segurança e consensualidade.
SSS (Sane, safe and sensual)
Significa são, seguro e sensual, abolindo o conceito de consensualidade do BDSM. A ideia de “sensualidade” diz respeito ao prazer mútuo, responsabilidade, cuidado e intimimidade entre os envolvidos nas práticas. O objetivo desta base é dar ao TOP mais liberdade, em contrapartida, aumentando sua responsabilidade.
CCC (committed, compassionate and consensual)
Esta é uma base recente, e geralmente relativa em relacionamentos TPE (total power exchange, ou troca total de poder), atribuindo ao TOP a completa responsabilidade das práticas. Define-se por compromissado o estabelecimento do acordo prévio que não pode ser ignorado, com estabelecimento de limites instransponiveis e a proibição do uso de safewords. Compassivo é tudo o que é relativo á saúde física e mental do bottom e estão sujeitos à “compaixão”, por assim dizer, do TOP. E por fim, a consensualidade, estabelecida previamente e que compreende apenas a alteração, exclusão ou inclusão dos limites extremos no acordo.
RACK (risk aware consensual kink)
RACK, que significa Perversão (K) Consensual (C) e com Consciência dos Riscos (RA). O conceito de segurança dentro do BDSM é bastante difuso e até mesmo inexistente em algumas práticas. Com isso, mais importante que preconizar uma segurança que não pode ser garantida, é tentar minimizar os riscos que são potenciais causadores de dano.
No RACK não se faz necessário o uso de safewords, uma vez que todos estão conscientes dos riscos.
RISSCK (Risks Informed, Safe, Sane and Consensual Kink)
A base RISSCK surgiu como uma interseção entre as bases SSC e RACK, agrupando em única base, os conceitos de risco conhecido e sanidade. É uma base pautada na avaliação minuciosa dos riscos.
PRICK (Personal Responsability, Risks Informed and Consensual Kink)
Esta base é uma extensão da RACK, e diz respeito a responsabilidade individual de cada participante. Traduzida por significa Perversão (K) Consensual (C) com Riscos Informados (RI) e Responsabilidade Pessoal (PR), nela se transfere para o bottom toda a responsabilidade pela prática q está sendo submetido. Uma vez que os riscos são informados e consentidos, entende-se que o TOP é apenas o condutor, estando isento das responsabilidades.
PCRM (Prática Consensual com Riscos Minimizados)
Esta base repele o conceito de segurança, considerando que nenhuma prática é isenta de risco porém, estes podem ser minimizados. Estabelecendo que não é suficiente a informação e o consentimento do risco, por admitir que ninguém é absolutamente qualificado para a análise precisa.
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Do original: http://perfumedemorgana.blogspot.com.br/