A
Abrasão: Estimulação da superfície da pele por materiais abrasivos, tais como: couro cru, lixa fina, escovas com cerdas metálicas ou não, etc… com a intenção de provocar sensações intensas no(a) submisso(a). Pode ou não deixar marcas temporárias.
Afogamento: Forma de asfixia com utilização de água, geralmente por imersão.
Adestramento: Vide Disciplina.
Agulhas: Utilizada em jogos e cenas, tem forte efeito psicológico, superior ao da dor. Por requerer habilidade e diversos cuidados, inclusive na escolha do material, do tipo apropriado, da forma de inserção e dos locais de penetração, não é uma prática recomendada para praticantes ativos com pouca experiência, sem um prévio e minucioso estudo e conhecimento. Outra prática potencialmente perigosa em função de doenças sexualmente transmissíveis. Registramos que o adepto desta modalidade tem seus conjuntos de agulhas individuais. Não são equipamentos que possam ser emprestados. As agulhas descartáveis são quebradas e jogadas no lixo depois de uma sessão. A regra adotada pelos participantes é a mesma de outras práticas: cabeça e pescoço são regiões proibidas para inserção de agulhas. As regiões corpóreas mais freqüentemente utilizadas são: seios, coxas, nádegas, pernas, pés e, em alguns casos, a região genital. As agulhas são de um calibre muito pequeno, e são comumente usadas para acupuntura.
Ajoelhar: Ato belo e comum às escravas no BDSM. Pode ter várias finalidades: demonstrar a submissão ou denotar adoração ao Dono e expor disciplina, paciência e resignação ao manter-se aos pés dele. Impõe-se fartamente o ajoelhamento em rituais, para podolatria ou mesmo (como pensam os baunilhas ser só para isso) para o sexo oral. O ajoelhamento pode ser tb. Utilizado como tortura, caso a escrava seja obrigada a se ajoelhar sobre milho ou outros objetos e superfícies incômodas ou dolorosas.
Alimentação Controlada: Consiste em privar, forçar ou especificar a alimentação da escrava, com diversos objetivos:
- Disciplinamento: Fazer a escrava se alimentar daquilo que o Mestre determina, nos horários e na quantidade que ele determina. Seja com objetivo de obediência ou mesmo de regime alimentar;
- Tortura: Forçar a escrava a se alimentar somente (primordialmente) de alimentos que se desagrade (vide também “ingestão forçada”)
- Restrição: Restringir os alimentos de agrado da escrava;
- Punição: Forçar o Jejum ou a ingestão de alimentos repulsivos;
- Humilhação: Ao restringir certos alimentos, ou até mesmo a forma como a escrava se alimenta (vide “food rituals”), pode-se obter bons jogos de humilhação e disciplinamento.
Algemas: Podem ser de metal, idênticas a de utilização policial, ou de couro, estas com clips para prender e soltar facilmente.
Anal Play: Qualquer fetiche ou prática sexual concernente ao ânus e/ou reto. Normalmente inclui: sexo anal, rimming, enema e fisting anal.
Anal Training: Toda e qualquer atividade que vise a preparação do ânus para o “Anal Play”. Normalmente pode durar dias ou semanas, como, por exemplo, um exercício de dilatação do ânus, preparando-o para ser usado, o que demora pelo menos 2 semanas.
Anallingus: Palavra de origem latina para exprimir o sexo oral anal. É o mesmo que “rimming” para os americanos.
Arnica: Substância utilizada pára aliviar a dor e as marcas resultantes de torturas.
Arreios: Vide “Gag, GagBalls” ou “PoneyPlay”
Asfixia: Prática de restrição de ar ou do fluxo sangüíneo amplificando a sensação do orgasmo. Praticada não só por sufocamento e estrangulamento, mas também através da utilização de sacos plástico, submersão, máscaras de gás, visando o prazer que pode ser proporcionado pela mesma àqueles que se agradam, mas sempre com o máximo cuidado de não ir além dos limites de segurança, podendo causar a morte.
Auto-Flagelo: Prática que consiste em impor e efetuar torturas em si próprio. Na Dominação Virtual acaba sendo amplamente utilizado o auto-flagelo sob ordens expressas do Dono à distância.
Avaliação: É usual a escrava passar por uma avaliação visual e táctil de seu corpo, seja para sua aprovação inicial como escrava, seja para revisão prévia a cada sessão.
B
Barra Extensora (Barra de Imobilização): Barras longas, usualmente de metal madeira com argolas e/ou furos em cada ponta, de diversos comprimentos, usadas em situações de imobilização para manter os braços ou pernas do submisso(a) afastadas. Podem vir com tornozeleiras e/ou pulseiras nas extremidades ou não. Dificultam ou impedem o submisso(a) de andar e dão acesso à área genital. São utilizadas de diferentes maneiras quanto a sua fixação.
Baunilha (Vanilla): Termo usado para indicar o sexo convencional. Pessoas que não estão envolvidas em BDSM. São daqueles que não tem ou não usam fetiches em sua relação. Seriam aquelas pessoas que se intitulariam “normais”. O termo foi criado exatamente para se evitar a utilização de tal definição e também porque “baunilha” é o sabor mais básico de sorvetes (e também o mais insosso *rs). Também é utilizado para definir coisas: relação baunilha, atitude baunilha, pensamento baunilha, sexo baunilha, etc.
Bastinado: De “bastão” (Do latim: “bastonis”,” bastum”). Ato de bater nas solas dos pés. Acredita-se que o bastinado teve sua origem no mundo árabe, onde até hoje é usado. Foi “importado” pelos europeus na época das primeiras cruzadas. Também é referido a algumas regiões da Ásia, como forma de castigo aplicada pelo marido à mulher e aos filhos. A idéia do castigo do bastinado no mundo árabe, além da dor física como forma de punição, é deixar o castigado sem poder andar temporariamente, devido aos ferimentos da punição, em uma clara posição de humilhação. O Castigo consiste em imobilizar o(a) submisso(a), normalmente com as solas dos pés para cima, e aplicar golpes com uma varinha de “canning” somente nas solas dos pés. Deve-se observar que os pés possuem um grande número de terminações nervosas e ossos delicados e a possibilidade de um acidente é real. Não se aplica o bastinado com objetos duros como pedaços de madeira ou chibatas.
BDSM: Sigla que significa:
- BD = Bondage e Disciplina
- DS = Dominação e submissão
- SM = Sadomasoquismo
Bofetada / Tapa: Ato de se bater no rosto com a mão espalmada. Tem forte e imediato efeito psicológico e moral.
Bola: Esfera de metal pesado que se prende (geralmente no tornozelo) da escrava, para limitar/dificultar sua locomoção.
Bolinhas Tailandesas: Objeto de prazer que consiste numa seqüência de bolas presas a uma corda utilizadas para inserção anal ou vaginal.
Bondage (Imobilização): O “B” do BDSM. Bondage na verdade conforma as práticas de escravização. Popularmente usado para referir-se a atividades de imobilização com cordas, lenços, algemas de couro ou metal, tornozeleiras, “spread bars” (barras de alargamento que servem para manter pernas e braços abertos visando à imobilização do(a) parceiro(a)). Todas as “cenas” de Bondage remetem ao tema básico: o cativeiro. Dentro dos grupos e comunidades de BDSM existe uma regra básica de segurança, definindo que imobilizações ou “amarrações” só são feitas do tórax para baixo. Cabeça e pescoço são áreas proibidas devido à possibilidade de asfixia. Dentro do S.S.C. há um limite de tempo para se deixar alguém imobilizado, em decorrência da possibilidade de isquemia tecidual, ou seja, da falta de irrigação sangüínea em uma área. Algumas pessoas acham extremamente sensual a situação de estarem imobilizadas, à mercê de outrem. Estar fisicamente imobilizado dentro de um contexto de consensualidade dá a possibilidade para os aficcionados de experienciar sua sexualidade livremente, o que, talvez, de outro modo, estas pessoas poderiam não ser capazes de se permitir em virtude de questões morais ou de educação. Bondage pode ser também visto como a transferência da responsabilidade para quem coordena a ação.
Bottom: (Do inglês: “bottom”: fundo, inferior, nádegas) Termo em inglês para se referir ao praticante na posição de submissão, entrega, masoquismo, obediência, etc. Escrava.
Branding: Queimadura na pele. Normalmente com ferros aquecidos ao rubro, para produzir escarificação. O Branding pode ser parte de uma cena, de um ritual ou modificação do corpo. Os desenhos geralmente consistem em linhas e curvas não conectadas, feitas individualmente e cada uma separada da outra por uma porção de pele não alterada. A razão para as linhas não conectadas é garantir que os elementos que formam o “design” da figura não cicatrizem em uma figura disforme. A pele humana cicatriza de maneira diferente da pele do gado. É o uso de um ferro em brasa, com uma letra ou símbolo para marcar definitivamente alguém. Deve ser sempre são, seguro e consensual. Historicamente, o branding é relacionado como símbolo de criminalidade ou escravidão. Marcas eram colocadas em criminosos na Idade Média, e em escravos. Encontrado na comunidade BDSM em relacionamentos estáveis e duradouros, onde o(a) submisso(a) consente em levar uma pequena marca de “propriedade”. Os locais mais comuns para o branding são os seios, a parte interna dos braços, a região lombar, nádegas e parte interna da coxa. Como, ao cicatrizar, o branding aumenta de tamanho, atingindo de 2 a 3 vezes o diâmetro original, especialistas em branding usam pequenos “moldes” para esta prática. É uma atividade bastante controversa dentro da comunidade BDSM. Mesmo feito com todos os cuidados é extremamente doloroso, traumático, agressivo ao corpo e permanente. E os relacionamentos humanos no mundo de hoje são mutáveis. Como dizia o poeta Vinícius de Morais, “Que seja eterno enquanto dure…”.
Breast Bondage: Ato de amarrar os seios femininos com corda, cadarço, bandagens, etc. Como parte de um jogo erótico BDSM. Pode incluir “nipple bondage”, onde se amarram os mamilos dos seios. Deve-se tomar cuidado com a amarração dos mamilos para não se provocar uma isquemia tecidual.
Brincos Genitais: Brincos presos ao sexo da escrava, geralmente mediante piercing, simbolizando marca de propriedade.
<!–[if !supportLineBreakNewLine]–>Body Modification: Qualquer atividade de modificação ou ornamentação do corpo como ritual erótico, decorativo ou de fetiche. Comumente incluem tatuagem, piercing, branding e cortes superficiais.
Bukkake: Prática que consiste em um ou mais homens ejacularem fartamente sobre o rosto da escrava.
Bull Whip: Chicote trançado fino e bem longo. Necessita de habilidade para seu uso, geralmente a uma boa distância da escrava.
Butt Plug: Objeto em forma de pênis, mas com um estreitamento na base, próprio para ser inserido no ânus. Normalmente de látex ou borracha. Alguns podem vibrar ou expelir líquidos. Podem ser usados para treinamento anal.
C
Cage: (Do inglês: gaiola) Podem ser de metal ou madeira, mas devem ser grandes o suficiente para acomodar uma pessoa.
Calabouço (Dungeon): Aposento projetado e especificamente decorado e equipado para sessões BDSM. Também conhecido como masmorra.
Camisa de Força: Camisa de forte material, geralmente lona, utilizada por centros psiquiátricos para imobilizações e também no BDSM com o mesmo fim.
Camurça: Material usado na confecção de chicotes que provoquem dor bem moderada.
Cane: Vara de bambu ou rattan, que geralmente tem entre 30 e 60 centímetros de comprimento. Muito utilizada pelos ingleses durante sua permanência na Índia, como instrumento de disciplina. A mais usual (e hard) é a Vara de Rattan (produzida com este material).
Canga: (Do chinês: “Kang-kia”) Instrumento de tortura que consiste em duas tábuas articuladas que se abrem no sentido longitudinal. Possue três ou cinco recortes simétricos por onde se encaixa e se prende a cabeça e os punhos ou, a cabeça, os punhos e os tornozelos do escravo(a). As tábuas são fechadas e o escravo(a) é impedido de sair. Pode ter várias alturas diferentes aumentando o suplício do escravo(a). Existe também. a canga com 4 furos, para os pulsos e tornozelos.
Canning: Espancamento por Cane.
Cateter: (Do grego “katheter”). Sonda cirúrgica. Instrumento tubular feito de materiais diversos, o qual é introduzido no corpo com o objetivo de retirar ou inserir líquidos e efetuar exames. No BDSM é utilizado para controle das necessidades fisiológicas do submisso(a).
Cateter de Foley: Tipo de cateter onde um balão pode ser inflado com uma solução estéril em uma das extremidades.
Cat ‘o Nine Tails: (Do inglês: gato de nove caudas) Termo originalmente usado para se referir a um chicote usado pela marinha britânica em punições à bordo de seus navios de guerra. Atualmente usado para referir-se a chicotes com muitas pontas.
Cavalete: Peça com quatro pés, revestida de espuma ou não na parte superior, podendo conter argolas para fixação dos punhos e tornozelos. Dentro do BDSM o cavalete é amplamente utilizado para a prática do spanking ou canning. O escravo(a) debruça-se no cavalete e é atado nas argolas do mesmo. O cavalete deixa o escravo(a) exposto ao dominador(a), pela posição assumida. Pode se colocar a escrava montada. Com o tempo e o peso do corpo sobre os genitais, o incômodo se transforma em dor de intensidade crescente.
CBT – Cock and Ball Torture: (Do inglês: Tortura de Bola e Pau) Prática de tortura específica do submisso masculino. Consiste em se aplicar jogos de tortura na região genital masculina. Basicamente se usam “clamps”, cintos de castidade para pênis, pesos, etc..
Cena: Uma cena é uma atividade/jogo específico dentro de uma sessão ou relacionamento. P.ex: Uma cena de spanking, uma cena de chuvas, de sexo, de disciplinamento, etc. Não confundir sessão com cena. A sessão é composta de diversas cenas.
Cera Depiladora: Usada no BDSM como tortura.
Chibata: Peça composta de um cabo e uma haste semi-flexível, normalmente utilizada para montaria. Consegue-se bastante precisão no spanking.
Chicote: Composto de um cabo, uma única longa tira de couro, podendo ter na ponta um pedaço triangular de couro. É o instrumento usado pelos domadores de feras nos circos.
Chicote de Cavalaria: Chicote usado por Jóqueis para montaria. Chicote da Tiazinha.
Chicote de Couro Cru Trançado: Chicote de uma única tira de couro cru trançado (se tiver varias tiras, torna-se um rabo de gato)
Cigarros: Utilizados no BDSM para branding, como adereço de charme, para humilhação (baforando no rosto da escrava ou usando-a como cinzeiro) ou disciplinamento (ao ordenar que a escrava o acenda, porte o cinzeiro ou limpe as cinzas).
Cinto: Utilizado para surras, o cinto pode ser bastante doloroso. Além de, por causa de suas costuras e de sua própria constituição, poder chegar a doer e marcar mais que um chicote bem escolhido.
Cinto de Castidade: Aparelho fechado por cadeado ou outro dispositivo que outrora as mulheres usavam, principalmente na idade média, com a finalidade de impedir as relações sexuais. Dentro do BDSM os cintos de castidade tem aplicações temporárias, por horas ou dias, e normalmente são de couro ou um metal não oxidante. Visam impedir o contato sexual. Para os submissos homens existe um aparelho que envolve o pênis e torna a ereção extremamente dolorosa.
Chuva Dourada: Vide Golden Shower:
Chuva Marrom: Ato de defecar no submisso(a) Deve-se notar que as fezes contem inúmeras bactérias e germes nocivos á saúde.
Chuva de Prata: Jogos e fantasias envolvendo suor, saliva, gozo e(ou) esperma.
Clamp: Prendedores usados em mamilos, lábios vaginais, escroto, etc. Acessório comum em uma cena de SM. Pode ter mola para aumentar ou diminuir a pressão, pode ter ganchos para se pendurar pesos ou correntes. Normalmente fabricados de plástico ou metal. São de quatro tipos básicos: Prendedores (de roupa ou semelhantes aos mesmos), Jacarés (vide), pinça (vide) e clamp japonês (vide).
Clamp Japonês: Um engenhoso tipo de clamp que aumenta a pressão na medida em que se puxa a corrente ligada ao mesmo.
Clips: Vide Clamps.
Clister: Vide Enema.
Código de Parada / Código de Segurança: Vide Safeword.
Coleira: Um símbolo de entrega usada por um(a) submisso(a). Uma coleira é posta ou dada em um relacionamento como um profundo símbolo de entrega. Um(a) submissa(o) encoleirada(o) é considerado como propriedade ou parceira(o) de um(a) dominador(a). Pode ser usado também como equipamento em uma imobilização.
Consensual: Atividades ou comportamentos acordados e de conhecimento de todos os que estão envolvidos. A consensualidade verdadeira exige que todos os participantes envolvidos em uma prática BDSM, sejam dominadores(as) ou submissos (as), tenham um mínimo de conhecimento do que vai ser feito e como vai ser feito, e tenham conhecimento dos possíveis riscos. No Brasil, a consensualidade ainda é algo pouco difundido e menos ainda praticada em seu sentido mais profundo. Não basta dizer, por exemplo, “vou te amarrar”. Tem de existir tanto por parte do submisso como por parte do dominador o conhecimento de como fazê-lo, controlando os possíveis riscos e controlando todos os aspectos envolvidos. Sejam técnicos, teóricos, práticos ou psicológicos.
Contrato: Um acordo escrito e formal entre as partes (dom e sub) definindo direito e obrigações de cada um. Estes contratos não têm qualquer valor jurídico, mas algumas vezes são utilizados para definir relacionamentos.
Coprofagia: Vide “Chuva Marrom”.
Couro Preto: Material muito utilizado para vestimentas e equipamentos no BDSM…
Crossdressing: Ato de se vestir um homem de mulher ou mulher de homem. Mais comum entre homens submissos, do que em mulheres submissas, talvez por causas sociológicas. Em alguns grupos o homem submisso assume verdadeiramente o papel de mulher, inclusive servindo sexualmente. Uma espécie de travestismo.
Cruz em “X” ou Cruz de Santo André: Cruz em forma de X, com argolas em todas as extremidades. Utilizada dentro do BDSM para imobilizar o escravo(a).
Cócegas: Vide Tickling.
Crucificação: Prática de se prender a escrava a uma cruz e ali deixá-la. Mais que uma forma de imobilização, a crucificação torna-se uma tortura a partir do momento em que a escrava é ali deixada por longas horas até que perca sua sustentação nas pernas.
Cunnilinguis: Sexo oral na escrava.
Cum dumpster: jogar a porra de vários caras na cara do escravo
Depilação: Prática comum no BDSM, não só do Mestre depilar sua escrava como também desta manter a depilação ao gosto de seu Dono. Inexiste uma forma específica de depilação da escrava, que deve obedecer o gosto e ordem do seu Dono, podendo até ser total.
Disciplina: O “D” do BDSM. Pode ser: punição, disciplina estruturada visando treinar o submisso(a), componentes de jogos de castigo/recompensa. A definição de Disciplina dentro do BDSM é muito ampla e será tratada em trabalho à parte.
Doação: Menos comum que o empréstimo e o leilão, o Dom tb. pode ter o direito de doar a sua escrava. Assim, a doação se processaria como no leilão: a obrigação da escrava para com seu ex-Dono que a doou se restringe apenas a uma sessão com o novo Dono, uma vez que uma doação não pode definir nem impor a entrega permanente da submissão da escrava, que é algo pessoal e subjetivo.
Dogplay / Dogwoman / Dogman: (Do inglês: “dogwoman” – mulher cachorro) Ato do submisso(a) atuar e comportar-se como um cachorro ou cadela. Dentro do BDSM, deve comer em uma terrina, dormir aos pés da cama do dono(a), assumir posições previamente treinadas, etc…A prática de dogwoman requer adestramento como um cachorro/cadela.
Domar: Vide Adestrar.
Dominação: Base do BDSM, mais especificamente do D/s, que consiste na imposição, disciplinamento, adestramento e condução das atitudes da escrava, neste caso, a submissa.
Dominação Psicológica: Prática de dominação que consiste em jogos de humilhação e subjugo verbal e psicológico, muitas vezes mediante disciplinamento rígido, humilhação, inferiorização ou jogos/palavras de forte impacto emocional. Também define a tentativa de coordenação, disciplinamento, adestramento e condução dos sentimentos e pensamentos da escrava.
Dominação Pública: Prática de dominação que consiste em jogos e cenas em locais públicos.
Dominação Virtual: Dominação feita através da Internet, que consiste em narrar interativamente cenas BDSM ou mesmo impor castigos, regras, ordens e tarefas à distância.
Dorei: (Do japonês: “Dorei”. Tradução aproximada: escrava). Nome dado á mulher submetida ao Shibari (Ver: Shibari)
D/s: Dominação/submissão.
DST: Doença Sexualmente Transmissível. Doenças que são transmitidas devido ao contato com fluídos corporais de outra pessoa.
Dupla Penetração: Penetração simultânea da vagina e do anus.
E
Eletrodo: Condutor metálico de vários formatos, por onde uma corrente elétrica entra no sistema ou sai dele. O eletrodo dentro do BDSM é usado para aplicação de impulsos elétricos no corpo humano. (Ver: “eletro-estimulação”) Pode ter várias formas e tamanhos.
Eletrochoque: Como o próprio nome diz, Eletrochoque consiste em se aplicar choques elétricos de forte voltagem sobre o corpo da escrava. Bastante utilizado como tortura coercitiva e confessional, não é prática comum no BDSM por conta de seus riscos. Não deixe de ver “eletroestimulação”.
Eletroestimulação: Práticas de eletroestimulação não são freqüentes dentro da comunidade BDSM. Talvez pelo perigo que potencialmente representam para a vida das pessoas envolvidas. Um ponto bastante reforçado por pessoas da comunidade é que eletroestimulação não é aplicação de choques elétricos e sim a possibilidade de dar ao parceiro(a) estímulos externos completamente diferentes e atuando profundamente no corpo. Esta prática requer conhecimentos de anatomia e eletricidade para se alcançar todo o potencial existente. Pode-se, segundo depoimentos de aficcionados, conseguir a estimulação involuntária de nervos e músculos no corpo, gerando desde uma simples sensação de “formigamento” até seguidos orgasmos. Existem aparelhos específicos para esta prática que limitam a corrente utilizada e advertem claramente em seu manual de instruções que toda e qualquer atividade com eletroestimulação deve ser feita da cintura para baixo. Esta prática é proibida aos portadores de marca-passo, cardiopatas e pessoas que sofrem de epilepsia. Também é desaconselhada para pessoas que têm “piercings” no corpo.
Empregadinha: Cena BDSM que consiste na transformação visual e de atitudes da escrava em empregada doméstica (Vide também “serviçal pessoal”)
Empréstimo: Prática que consiste no empréstimo da escrava a outro Dominador, com ou sem a presença do Dono ou reciprocidade.
Endorfinas: (Beta-Endorfinas) – Componente químico produzido naturalmente pelo organismo humano que está envolvido na percepção cerebral da dor. O nome é derivado de “endo” que significa interno e de “morfina”. As endorfinas são quimicamente semelhantes aos opiáceos. A grande euforia descrita por alguns submissos(as) após sessões de BDSM onde a dor atinge níveis altos, em parte pode ser associada á liberação de endorfinas pelo corpo humano.
Enema: Ato de se inserir no ânus e reto determinada quantidade de líquido, visando a humilhação, quebra de resistência psicológica ou preparo para o sexo anal. Também existe a palavra pouco utilizada “clister”, em português, ou “klistier”, em alemão, para designar enemas.
Enforcamento: Forma de asfixia, de incômodo ou mesmo de restrição de movimentos da escrava.
Escarificação: A escarificação é o ato de provocar pequenas cicatrizes na pele com instrumentos cortantes, lixas, ou materiais abrasivos. Prática pouco freqüente na comunidade BDSM. Usada em situações de SM, e quase nunca encontrada em situações de BD e DS. Os cortes são superficiais e podem ter formas geométricas, letras, etc. Como há sangramento, o risco de transmissão de doenças é grande. É mais comum a auto-escarificação e existem sites na Internet dedicados a esta modalidade, que está pouco associada ao BDSM e vem ganhando espaço entre culturas alternativas. Socialmente encontrada em tribos africanas, algumas culturas da Polinésia e Oceania, são símbolos ritualísticos de passagem ou, na África, denotam o status marital de uma mulher.
Escárnio: Cena BDSM que consiste em se escrever nomes injuriosos, humilhantes e agressivos no corpo da escrava, com uso de tinta, bem como palavras de ordem como “coma-me”, “chupe-me”, etc.,geralmente antes de sua exposição ou empréstimo.
Escrava: A diferença e definição de escrava e submissa é um assunto há tempos controverso no BDSM que chega até mesmo a gerar preconceitos e pejoratividade a um dos termos. Existem diversos pensamentos sobre o assunto, dentre os quais destaco:
a- A escrava seria a praticante libertina e livre, já a submissa seria a escrava com Dono;
b- A escrava seria a praticante ligada ao S&M e a submissa ao D/s (existe S&M sem D/s e D/s sem S&M ?);
c- A escrava seria a submissa arredia, rebelde, desobediente e desafiadora a ser domada/vergada;
d- A submissa seria uma evolução da escrava, ou seja, uma escrava já treinada;
e- por outro lado, outra corrente define a escrava como sendo uma submissa que não tenha mais vontade ou limites com seu Dono, logo, seria por este ponto de vista mais evoluída que a submissa;
Espéculo Vaginal / Anal: Instrumento médico usado para se examinar a vagina, dilatando-a mecânicamente. Usado em práticas de exposição e jogos médicos. São feitos de plástico e descartáveis. Requer uma certa técnica a introdução de um espéculo na vagina.
Espéculo Oral: Instrumento médico usado para manter a escrava com a boca aberta.
Espancamento: A palavra, como muitas outras em BDSM, assusta iniciantes e curiosos. Mas não confundi-la com o crime agressiva e não consensual. Tudo em BDSM é feito com consensualidade, responsabilidade e visando o prazer e realização mutuos. Vide “spanking”.
Espora (Circular): Espora de pontas finas e circulares, presa a um cabo e giratória, utilizada para tortura da escrava. As pontas não chegam a penetrar a pele, porém, o efeito psicológico e a sensação no momento são extremamente torturantes, ainda mais vendando-se a escrava. Em partes sensíveis do corpo, como mamilos e sexo, a espora é bastante dolorosa.
Espremedor de Seios: Artefato de tortura que consiste em duas barras de madeira que vão sendo juntadas por meio de uma borboleta e servem para espremer os seios da escrava entre elas.
Estupro: Prática criminosa que consiste em obrigar outra pessoa ao ato sexual, seja sob coação, violência, força ou mesmo impedindo sua recusa. O estupro só se correlaciona ao BDSM através de sua prática como teatralização (o Dom “fingiria” ser um bandido estuprador e a escrava sua vítima), pois, uma vez que a base do BDSM é a consensualidade e o estupro é uma prática totalmente coercitiva e não-consensual, o mesmo em nada se correlaciona ao BDSM.
Estrangulamento (Agonofilia): Prática que consiste em fantasiar o estrangulamento, visando “hipoxifilia”.
Face-Sitting: Prática mais ligada à dominação feminina, que consiste em sentar-se sobre o rosto da escrava.
Fang Chung Chu: (Artes da Câmara Interior) É o coletivo para as práticas sexuais chinesas taoistas, praticadas para se conseguir a unidade com o Tao ou a imortalidade. São relatados casos de estados alterados de consciência ao se fazer uso desta prática. A muito grosso modo é o equivalente chinês ao Kama Sutra Indiano. Algumas práticas BDSM utilizam-se da técnica do Fang Chung Chu.
Feminização: Jogo erótico de dominação feminina onde o escravo é vestido e tratado como menina ou mulher.
Ferro Quente: Vide Branding.
Fetichismo: Erotização de objetos, comportamentos, vestimentas ou partes do corpo.
Fist Fucking (Fisting): Do inglês: Fist: punho + Fucking (meter, na gíria) . Uma das mais intensas práticas dentro do BDSM. Consiste na introdução da mão (punho) na vagina ou ânus. Tem mais adeptos dentro da comunidade gay, mas não está associada á práticas homossexuais dentro da comunidade BDSM. Inicialmente, o dominador(a) introduz vagarosamente os dedos, até conseguir um relaxamento muscular do parceiro(a). Deve existir uma grande cumplicidade entre o dominador(a) e o submisso(a) para esta atividade. Fisting requer tempo, atenção, cuidado e carinho. Com a lubrificação adequada, fisting não é necessariamente uma experiência dolorosa. De qualquer maneira, é consenso dentro da comunidade BDSM que a prática do fisting não é utilizada para causar dor e sim prazer no(a) parceiro(a) como uma forma intensa de penetração. Praticantes de Fist Fucking dizem que esta é uma atividade sensorialmente profunda, tanto para quem está recebendo como para quem está conduzindo. O fisting tem inúmeros componentes psicológicos: Pode remeter à uma sensação de violação, humilhação ou abandono. O punho é um símbolo de poder, literalmente. A introdução do punho dentro do corpo de um ser humano tem um enorme impacto tanto emocional quanto sexual, pois diferente de objetos artificiais (vibradores, butt plugs, etc.) a destreza e o movimento da mão provoca uma sensação única. Lembramos que a introdução de qualquer coisa no ânus/reto é uma atividade de alto risco, que pode resultar em hemorragia.
Flog: Vide Chicote Trançado.
Food Rituals: Rituais, humilhações, torturas e/ou estimulações envolvendo comida.
G
Gaiola: Vide Cage.
Gag / Gagball: Instrumentos que são inseridos na boca para evitar que um submisso(a) possa falar. Podem ter a forma de bola, freio; podem ser rígidas ou moles. Não se deve usar as Gag balls que possuem balão de inflar, pois podem induzir a um sufocamento. Deve-se também, ao se usar gag balls, convencionar uma “safe word” que possa ser entendida pelo dominador(a), como, por exemplo: batidas com as mãos ou pés, movimento de cabeça, ou algo similar, visando preservar a segurança da situação.
Gatilhos Emocionais: Associações de palavras, gestos, ações, comportamentos ou situações que provocam e desencadeiam reações emocionais. Um bom dominador(a) deve possuir tato para perceber quais são os gatilhos que desencadeiam reações positivas e negativas em seus submissos(as). E deve ter responsabilidade para usá-los ou evitá-los também.
Gelo: Tanto o gelo como qualquer outro material gélido são amplamente utilizados no BDSM para tortura e sensibilização.
Guia: Tira de corrente ou outro material destinada a prender-se na argola da coleira de sessão para com ela o Dom puxar e guiar a escrava.
Guizos: Utilizado na Poney Girl (vide) preso aos seios por piercing ou clamps. Pode ser utilizado também em outras práticas BDSM para indicar pelo som onde a escrava se encontra ou restringir e tornar explicito seus movimentos.
Golden Shower: Vide Chuva Dourada.
Gor, Goreano: Estilo de BDSM baseado nos livros de John Norman. Pouco adotado em virtude de uma visão machista e desprovida do S.C.C. Seus maiores seguidores estão nos E.U.A.
H
Hashi: Os palitos utilizados como talher na culinária oriental e que, juntamente com elásticos, pode ser utilizado no BDSM como clamps.
Hentai: Desenhos e quadrinhos eróticos japoneses.
Higienização: Vide Wash.
Hipoxifilia: Atração por teor reduzido de oxigênio, mediante utilização de mascaras de gás, panos molhados, estrangulamento e sufocamento.
Hojojutsu: (Do japonês: “hojoju-tsu”) Também referido como Kinbaku Técnica tradicional de encarceramento e tortura usada no Japão feudal pelos samurais e pela polícia, com 4 leis fundamentais:
1- Impedir o prisioneiro de escapar 2- Não causar nenhum dano físico ou mental ao prisioneiro 3- Não divulgar a técnica de hojojutsu a ninguém que não pertença ao clã 4- Ter uma concepção artística ao executar o hojojutsu
Do Hojojutsu originou-se o Shibari O hojojutsu foi aplicado até meados de 1900 pela polícia local japonesa.
Humilhação: Ato de provocar a DOR MORAL. Redução deliberada do ego para propósitos eróticos, variando de embaraço moderado a degradação.
I
Infantilismo: Jogo erótico em que a escrava é tratada como bebê ou criança.
Infibulação: Vide Piercing.
Ingestão Forçada: Tortura, disciplinamento ou humilhação que consiste na imposição de ingestão pela escrava de determinado tipo de alimento, objeto ou substância. A ingestão forçada torna-se tortura quando o objetivo é o excesso de ingestão ou a ingestão de objetos repugnantes.
Inversão de Papéis: Define duas práticas:
- O ato de se inverter as posições dentro de uma sessão ou relacionamento, ou seja, a escrava dominar o Dom por um período de tempo determinado.
- Cena em que a mulher(seja Domme ou mesmo a escrava) assume a posição masculina, penetrando o parceiro com uso de straps (pênis de borracha).
J
Jacarés: Um tipo de “Clamps”, ligado ou não por correntes.
K
Kaviar: Gíria Alemã para Coprofagia.
Kimbaku: (Do japonês “kimbaku”). Palavra usada no Japão para designar o Shibari. (Ver: Shibari)
Klister: Vide Enema.
L
Latex: Material utilizado para roupas no BDSM.
Leilão: Prática grupal pública que objetiva leiloar escravas, seja apenas para pequenas cenas, seja com a completa transferência de posse. Neste último caso, a obrigação da escrava para com seu ex-Dono que a leiloou e(ou) para com o resultado do leilão se restringe apenas a uma sessão, uma vez que um leilão não pode definir nem impor a entrega permanente da submissão da escrava a um Dono, que é algo pessoal e subjetivo.
Limites: As fronteiras das atividades no BDSM acordadas e conversadas entre dominador(a) e submissa(o), definindo o que e até onde uma prática, uma cena ou um relacionamento podem ir. Limites devem ser obrigatoriamente respeitados. O limite se aplica às regras, cenas, práticas, níveis de dominação e submissão, duração das cenas, etc.
M
Maiúscula / Minúscula: Refere-se à grafia de letras em BDSM virtual. É comum alguns Mestres teclarem sempre em maiúsculas, denotando sua condição de Top (porém, como maiúsculas tb. significam “gritos”, muitas vezes esta confusão inviabiliza tal liturgia). Também existe a convenção de nicks de escravas iniciarem em minúsculas e de Doms em maiúsculas. Porém, como toda convenção, a falta de rígida observação e generalização acaba por torná-la ineficiente.
Máscara: Utilizada não só para preservar a identidade, tanto dos Mestres quanto das escravas, mas também como utensílio de humilhação ou até tortura (esta com o uso de máscaras de ferro, incomodo ou total privação de sentidos e/ou movimentos).
Masmorra: Vide Calabouço.
Marcas: Resultantes de torturas. A grande arte do sádico está em saber adequar as marcas (sua intensidade e tempo de permanência) às possibilidades de exposição da escrava, não causando-a, assim, qualquer infortúnio pessoal ou profissional que contraria a segurança da relação (SSC).
Marcas de Propriedade: Adereço que denote e demonstra que a escrava é propriedade/posse de um Dono. Pode ser de diversos tipos, desde um pingente ou brasão na coleira, um piercing, brinco vaginal, anel, tatuagem ou mesmo um tipo específico de nick “escrava do Mestre” ou um adendo ao nick da escrava “escrava{M}” ou, no caso das minhas escravas, o “J_(escrava)”. A “marca de propriedade” não é o objeto em si (a coleira, a tatuagem, o anel, o piercing ou o nick), mas o desenho, o símbolo ou o brasão constante no mesmo, que este sim denota a propriedade.
Masoquismo: O gosto erótico pela dor, humilhação em ser dominado(a). Algumas vezes o termo é usado para designar a pessoa que gosta de dor mais intensa, ou que tem prazer em atividades que causem maior nível de dor.
Mentor: Um conselheiro, alguém em quem se possa confiar plenamente, e que tenha um certo conhecimento de técnicas BDSM. É um amigo e instrutor, tanto para a parte técnica como para a parte conceitual do BDSM.
Mesa Esticadora: Móvel muito utilizado para torturas medievais, que consiste numa mesa onde a escrava é presa numa ponta pelos pés e na outra pelas mãos e, por uma das pontas a corda ou corrente que a prende é enrolada numa roldana, puxando a escrava até o máximo de esticamento de seu corpo.
Medical Play: Consiste nas práticas com alguns objetos de uso médico. Os mais difundidos são: espéculos vaginais, espéculos retais, e ânsucópios. Enemas, cateteres, agulhas e fist fucking podem entrar em sessões de Medical Play. Luvas cirúrgicas descartáveis são comumente utilizadas. Existe aqui uma boa dose de exposição da região genital e, em função disso, pode-se pensar em estímulos sensuais subseqüentes decorrentes de exibicionismo e do prazer advindo da sensação de estar envergonhado, que se somam aos estímulos principais, provenientes da relação de “dominação/submissão”.
Milho: Utilizado para tortura de se colocar a escrava ajoelhada sobre ele. O milho mais usual é o de pipoca. Mas pode-se também utilizar feijão (para uma tortura mais light) ou milho de canjica (para uma dor mais intensa). Para torturas ainda mais hard pode ser utilizada também tampas de garrafa, limalhas de ferro ou outros materiais, bem como fazer a escrava ajoelhar sobre superfícies incomodas e/ou dolorosas, seja por sua textura ou ate temperatura.
Misofilia: Prática envolvendo sujeira.
Mordaça: Tipo de gag utilizado para impedir a fala da escrava (diferente dos “Gag, GagBalls”, “arreios” e “mordedores” que tem a função maior e humilhante de fazer a escrava salivar).
Mumificação: Prática de se imobilizar o submisso(a), enrolando o corpo deste com ataduras, plástico, filme de PVC transparente (Magipack), ou congênere, impossibilitando qualquer movimento. Cuidado especial deve ser tomado para se evitar asfixia. Algumas vezes a prática de mumificação induz o(a) submisso(a) a um estado eroticamente alterado de consciência, provocando um mergulho no interior de si mesmo.
Munch: Reunião BDSM em local público, sem cenas, organizada com o fim de possibilitar que as pessoas se conheçam e/ou discutam sobre a filosofia BDSM. Além dos adeptos, também podem participar simpatizantes e “não praticantes”.
N
Nick: Apelido ou pseudônimo usado nas salas de bate papo e no meio virtual BDSM, que geralmente se estende ao meio real, onde Mestre e escravas se tratam pelo nick e não pelo nome de batismo. Os nicks podem indicar a condição de seu usuário. Seja pelo seu escrito (Mestre fulano, escrava cicrana), seja pela forma como se escreve ( existe a convenção de Doms usarem nicks com iniciais maiúsculas e escravas com iniciais minúsculas). Os nicks também podem ter marcas de propriedade, indicando assim que a escrava tem Dono.
O
Olhar: Vide “Vistas baixas”.
Orgulho: Não confundir com o orgulho no sentido de prepotência, vaidade ou indisciplina. O Orgulho da escrava está em “ser escrava”, pois uma escrava deve ter orgulho de sua posição, opção, entrega e dom. Isso a faz uma escrava orgulhosa, o que, na minha opinião pessoal, é a escrava perfeita. Nas fotos selecionei uma cena em especial do clássico “História de O”, onde a atriz consegue passar a imagem e o semblante de uma escrava no seu maior momento de orgulho: Ao recusar uma proposta de casamento e pedir a seu Dono que a chicoteie antes do pretendente ao matrimônio chegar para receber a resposta que seria tão somente a imagem que está nas fotos… *sem comentários*
P
Palavra de Segurança: Vide “safeword”.
Palmada: Ato de se bater com a palma das mãos.
Palmatória: Pedaço de madeira ou borracha, pesada, as vezes furada, similar á uma raquete de ping-pong, mas ligeiramente afilada, utilizada para spanking.
Pau de Arara: Forma e posição de se prender a escrava suspensa, de forma incômoda.
Pelourinho: Coluna de pedra ou madeira com argolas na parte superior para fixação de cordas ou algemas. Existem alguns modelos com argolas para fixação de tornozeleiras. Inicialmente usado para castigar escravos, dentro do BDSM é utilizado para imobilização de escravos(as).
Piercing: Embora o piercing não esteja envolvido diretamente em práticas dentro do BDSM, hoje é amplamente usado dentro de um conceito estético. Reportamos casos de submissos(as) que usam piercings como forma de exteriorizar simbolicamente a entrega ao seu dominador(a). Registramos duas modalidades diferentes de piercings dentro do BDSM: as práticas temporárias, e o piercing como símbolo. Nas práticas temporárias são utilizadas agulhas ou piercings de calibres pequenos, e são mais comumente inseridos nos pequenos lábios vaginais na mulher, no escroto no homem, ou nos mamilos em ambos os sexos. Os piercings no escroto que reportamos foram feitos subcutâneos, não penetrando profundamente. Nos mamilos, ao invés do piercing em forma de argola, reportamos para os casos temporários, o uso de agulhas que transfixavam os mamilos onde eram pendurados pequenos pesos. Ao término da sessão eram retirados. Piercings definitivos são usados dentro do BDSM nos mamilos e região genital. Podem ser dispostos em formas simétricas na vagina ou escroto e ligados por pequenas correntes, dentro de jogos de imobilização. Piercings precisam ser feitos sob condições específicas que certamente não são as de uma sessão BDSM: Os instrumentos usados devem ser estéreis. O diâmetro do cateter guia (usado para fazer o furo) depende da densidade do tecido a ser perfurado. A pele é presa com uma pinça e aplicam-se agentes bactericidas no local. O cateter é inserido e o furo é feito. Retira-se o cateter e coloca-se o piercing, que deve ser de material hipoalergêncio. (ouro, platina, nióbio ou aço inoxidável cirúrgico). Piercings requerem de seis a oito semanas para cicatrização. Se for aplicado na região genital, a abstinência sexual durante este período é obrigatória. Lembramos que piercings podem causar hemorragia, necrose de tecido e danos a nervos. Técnicas diferentes aplicam-se a áreas diferentes do corpo. A escolha do calibre apropriado do cateter e do piercing é crucial.
Pinça: Um tipo de “clamps”, no formato de uma pinça, geralmente ligados a correntes.
Play Party: Reuniões sociais onde ocorrem se desenrolam cenas BDSM.
Plug: Objeto em formato cônico ou cilindrico com um estreitamento na base, próprio para ser inserido no ânus ou mesmo na vagina. Alguns podem vibrar ou expelir líquidos. São usados para dilatação, treinamento/disciplinamento anal ou mesmo para humilhação da escrava, ao impor-se seu uso secreto em momentos cotidianos.
Podofilia: É a fantasia sexual/atração por pés. Não confundir, como muitos, com pEdofilia. A pedofilia é uma prática criminosa que consiste em relações sexuais com menores de idade. Assim, considerando-se que legalmente os mesmos não tem capacidade para a consensualidade, sua ligação com o BDSM estaria de imediato comprometida, por impossibilitar e ferir a tríade do SSC.
Pony Girl / Pony Boy: Submissa treinada para agir e se comportar como um pony, ou cavalo. Existem roupas e acessórios para ponygirls.
Posições Incômodas: É comum a escrava ser presa em posições incômodas como forma de disciplinamento ou tortura.
Privação de Sentidos: Um dos meios de provocação de DOR PSICOLÓGICA. Técnica de dominação que reduz as informações sensoriais, utilizando-se mordaças, capuzes, vendas, tampões, e/ou outros instrumentos.
Privação Sexual: Ato de impedir física ou mentalmente que o(a) submisso(a) tenha prazer. Pode ser aplicado tanto por voz de comando, caso haja um condicionamento para tal, como por meio de aparelhos para impedir as sensações físicas.
Proibição de Orgasmo: Ato de proibir, apenas pela ordem verbal a obtenção de orgasmo por parte do submisso(a). É comum o(a) dominador(a) ordenar ao submisso(a) que não goze, a não ser que ordenado pelo dominador(a). Requer uma grande dose de concentração e auto-controle.
R
Raquete: Utilizada para espancamento, como palmatória.
Regras: Normas de conduta preliminares e básicas impostas à escrava.
Régua: Utilizada para espancamento, pode ser uma eficiente palmatória.
Relho: Chicote Hard, de couro seco trançado que provoca hematomas internos.
Restrições: Uma variante da imobilização, onde se priva o(a) submisso(a) de alguns dos sentidos: a visão, a audição, a fala, etc. Na comunidade BDSM é comum o uso de vendas, mordaças ou gag-balls, tampões de ouvido, etc. visando gerar no(a) submisso(a) uma expectativa, uma tensão do que está por acontecer. Em formas mais pesadas de práticas BDSM se tem conhecimento do uso de sondas uretrais para controle das necessidades fisiológicas do submisso(a) e uso de cinto de castidade por tempo determinado, tanto em homens quanto em mulheres, impedindo o ato sexual tanto anal quanto vaginal. Outra atividade bastante popular é a “proibição” do gozo por parte do submisso(a), onde este deve aguardar a permissão de seu mestre ou dominador(a) para tal. Nota-se aqui o componente erótico que sempre está presente. O que se busca é prazer mútuo dentro do São, do Seguro e do Consensual.
Rimming: É o sexo oral no ânus. Ato de lamber ou beijar o ânus.
Ritual: Pequena/média encenação durante uma sessão, com movimentos, comportamentos e falas pré-estabelecidos.
Roda: Móvel de tortura muito usado na Idade Média e pela inquisição que consiste numa roda onde a vítima é presa em X. Nas torturas medievais a vítima tinha seus braços e pernas quebrados para impedir sua sustentação na roda que era girada na maior velocidade possível. Nas práticas BDSM a roda e utilizada para colocar com facilidade a escrava em diversas posições, inclusive de cabeça para baixo. A “roda” não precisa ser obrigatoriamente circular. Uma cruz de Santo André pode perfeitamente servir de roda, se girar.
Roda de Pinos: Vide Esporas.
S
Safeword: Palavra ou gesto pré-estabelecido entre as partes que, uma vez utilizado pela escrava, demonstra que a mesma atingiu seu limite de resistência com a cena.
Saliromania: Praticas e prazer associados ao suor.
Serva: Vide Escrava.
Sessão: Período de tempo (geralmente num local específico- Motel/masmorra) onde se desenvolve com maior intensidade e ininterruptamente o jogo BDSM. Sessão pode ser definida como um conjunto de cenas ou a “encenação” do BDSM (pelos adeptos da teoria de que BDSM seja teatro).
Sete por Vinte e Quatro (7/24): (De: 7 dias por semana, 24 horas por dia.) Filosofia dentro do BDSM onde, analisando de um modo simplista, as pessoas envolvidas se propõem a viver um relacionamento de Dominação/Submissão 24 horas por dia. Este tópico também é muito abrangente e merecerá estudo à parte.
Sexo: Constante, usual e prazeroso no BDSM, mas não obrigatório, podendo este se resumir a cenas e jogos de dominação e sadomasoquismo.
Sexo Anal: Embora largamente praticado fora do contexto BDSM, é utilizado como forma simbólica de posse e dominação ou de entrega e submissão. Alguns cuidados básicos devem ser tomados para o sexo anal: As doenças sexualmente transmissíveis, em especial a AIDS; a penetração vaginal logo após a penetração anal é outro descuido freqüente e serve de porta de entrada na vagina para bactérias que estão no ânus e reto, propiciando uma série de problemas para a mulher. A “perda das pregas” é um folclore. Ninguém perde pregas por praticar sexo anal. Exploram-se também as várias possibilidades do uso do ânus dentro do BDSM. Enemas, Fisting, butt-plugs para relaxamento dos esfíncteres, etc. Mas, basicamente, todos têm a mesma função: servir como veículo de prazer e simbolizar a entrega para outro(a) de algo que não é comum e, portanto, especial.
Sexo em Público (Agorofilia): Pratica que no BDSM se expande também para a dominação, tortura, humilhações e cenas em geral.
Sexo Oral: Prazerosa prática baunilha amplamente utilizada no BDSM, mais como imposição do ato à escrava que como concessão do Mestre a ela.
SM ou S&M: Prática BDSM centrada na dor. Sadomasoquismo.
Shibari: (Do Japonês: “Shibari” – amarrar) Termo genérico utilizado atualmente para designar o bondage japonês. Técnica de bondage extremamente estética, derivada do “Hojojutsu” (ver:- hojojutsu) e originária no Japão feudal, com profundas raízes na cultura Japonesa. Cada clã medieval japonês possuía sua própria técnica que era zelosamente guardada. Inicialmente era utilizada como forma de imobilização, castigo e punição aos prisioneiros. O Shibari ou hojojutsu era aplicado pela polícia local e pelos samurais com dois objetivos principais: imobilizar a vítima e coloca-la em uma postura de submissão e humilhação. O Shibari teve uma revalorização erótica á partir de 1960. No japão é formalmente conhecida como “Kinbaku-bi” e existem teatros especializados onde se pode, mediante pagamento de ingresso, assistir a um espetáculo de shibari. Os mestres de Shibari japonês são muito respeitados. A mulher japonesa que é submetida ao shibari recebe o nome de “Dorei” – (Ver:- Dorei)
Silver Tape: Fita prateada e larga com forte poder adesivo, utilizada como eficiente mordaça, ou mesmo para “wraps”.
Socratismo: Estimulação anal por Introdução do(s) dedo(s).
Sodomia: Ato de se penetrar o anus. Em sentido restrito, o sodomita é o praticante ativo.
Spanking: Nome utilizado dentro da comunidade BDSM para o ato de bater, notadamente na região das nádegas. Não se pode confundir o spanking dentro do BDSM e do S.S.C. com o ato da violência física. São situações diametralmente opostas. Nenhum dominador(a) ou submisso(a) corrobora ou aceita a idéia de que para entregar-se deve apanhar ou tomar uma surra. O spanking visa o prazer mútuo e é uma forma de se potencializar o desejo. Necessário fazer uma ressalva aqui, que em algumas culturas orientais, o ato de bater para estimular sensualmente é amplamente aceito e difundido, basta consultar o Kama Sutra No Brasil spanking engloba o ato de bater com as mãos, chicote, vara, chinelo ou palmatória. Nos Estados unidos e Europa, há uma distinção entre o Spanking, Whipping e “Canning”. “Whipping” é qualquer atividade que envolva chicotes e Canning, que envolva varas. (bambu, rattan, etc.). No BDSM pratica-se o spanking de várias formas. Com a mão, aplicando-se palmadas, onde não é a força que importa, mas sim o ritmo e a constância; e com chicotes dos mais variados tipos, chibatas, chinelos, etc. Mas não com varas. Canning não é spanking. A prática de se bater com uma vara é extremamente perigosa e pode provocar sérias lesões internas. Raramente utilizada dentro do BDSM como forma de castigo severo. É consenso que o rosto e pescoço são áreas proibidas para spanking em virtude da quantidade de tecidos e órgãos que podem ser facilmente lesados. (ex: olhos, nariz, boca, cabeça). A maior parte das pessoas “SM” que gostam de punições corporais incluem o spanking em suas atividades. Uma cena de spanking começa com um “jogo” real ou imaginário de punição por alguma falta ou ato cometido pelo submisso(a) No contexto BDSM spanking é associado para aumentar a sensação de vulnerabilidade física do parceiro. Muitos fatores, entretanto, são comuns na figura do dominador(a): autoridade, coerção erótica, humilhação e representação da figura paterna, que podem despertar mecanismos de prazer no submisso(a). Havelock Ellis e, posteriormente, Wilhelm Stekel abordaram aspectos psicológicos das atividades de spanking que indicamos para quem quiser se aprofundar neste tema sob outra óptica.
SSC: São, Seguro e Consensual. A importante tríade que separa o aceitável e o condenável no BDSM. Tudo que possa ser classificado como SSC é aceitável no BDSM, por mais que para alguns (ou nós mesmos) pareça um exagero ou absurdo. Da mesma forma, qualquer coisa que venha a ferir um dos elementos da tríade deve ser execrado e condenado, por mais que possa, a princípio, parecer um insignificante detalhe.
Spread Bar: Barras longas, usualmente de metal madeira com argolas e/ou furos em cada ponta, usadas em situações de imobilização para manter os braços ou pernas do submisso(a) afastadas.
Submissa: Vide Escrava.
Sucção: Sucção da pele ou de órgãos genitais, realizado com o auxílio de bomba de vácuo manual ou eletro-mecânica. Pequenos copos de vidro ou plástico, conectados por tubos plásticos e aplicados aos seios, genitais femininos ou masculinos. Pela diferença de pressão, provoca-se o “inchaço” da região onde é aplicado. Se utilizado com muita pressão, deixa marcas circulares roxas. A medicina chinesa utiliza uma técnica similar.
Stop Code: Vide Safeword.
Subspace: Um estado físico e mental ocasionado pela liberação de endorfinas. As endorfinas podem ser liberadas devido ao “stress” ou á uma prática intensa e m uma sessão BDSM. Não é um acontecimento comum.
Sumissão: Segundo o dicionário Aurélio: obediência, sujeição, subordinação, docilidade, servilidade, humildade e subserviência.
Suspensão: Técnica de imobilização onde o peso do(a) submisso(a) é totalmente ou parcialmente suspenso por algemas e tornozeleiras especiais. Não se faz suspensão só com cordas ou algemas ou tornozeleiras comuns. Esta prática requer cuidados especiais com o equipamento, fixação, tempo de permanência em suspensão e posição.
Switcher: Do inglês “switch” (trocar) – Aquele que se agrada do BDSM tanto como dominador/sádico, quanto como escravo/masoquista, praticando-o em ambas as posições, seja com um mesmo parceiro, seja com parceiros diferentes.
Strap-On: Vide “Inversão de papéis (2)”
Swing: Pratica entre casais que consiste em se permutar os parceiros.
T
Tickling: Pratica aparentemente inocente, mas utilizada milenarmente pelos chineses como tortura menor. O tickling é o ato de se aplicar cócegas e beliscões em alguém. Psicologicamente perturbador, depois de um tempo transforma-se em uma poderosa forma de estímulo sensual. Existe um componente psicológico muito forte nas cócegas, talvez por remeter às “couraças musculares” tão bem tratadas por Reich . Normalmente o tickling é feito com o submisso(a) imobilizado para evitar fugas ou movimentos involuntários bruscos. O dominador(a) pode usar as mãos, penas, pequenos “rastelos”, ou qualquer coisa que provoque cócegas. Se aplicado por muito tempo pode ocasionar incontinência urinária, o popular “urinar nas calças de tanto rir”. Excluindo-se o nervosismo inicial, uma sessão de tickling libera uma quantidade considerável de endorfinas no cérebro. É comum o submisso sentir uma mistura de sensações de bem estar e esgotamento físico depois de uma sessão de tickling. O dominador(a) deve observar que uma sessão prolongada de cócegas pode ser extremamente perigosa.
Títulos Honoríficos: É comum o Top se auto-intitular honorificamente, em especial nos nicks utilizados pelo mesmo. Assim, utilizam termos como Lord, Herr, King, Imperador, etc. Porém, tais títulos não tem uma definição específica ligada a uma pratica ou comportamento (como Mestre, Dominador, Sádico, Dono e Mentor), sendo apenas uma auto-intitulação.
Toalha Molhada: Utilizada para espancamento, sendo bastante dolorosa, mas segura por não deixar marcas.
Top: Homem ou mulher que está na posição de dominação. (Do inglês: “top” em cima, acima)
Tornozeleiras: Algemas utilizadas nas pernas, mais especificamente nos tornozelos.
Tortura Genital: O princípio básico da tortura genital é provocar sensações profundas e intensas diretamente nas zonas erógenas do corpo. A intensidade e as atividades variam de pessoa para pessoa e de prática para prática. Reportamos um grande cuidado dos praticantes para que não se ultrapasse o ponto onde a dor deixa de estar associada ao prazer. A área genital e os mamilos estão sujeitos a danos irreversíveis mesmo sob “castigos” moderados e os praticantes são muito cautelosos neste tipo de atividade. Pode-se usar gelo, velas (parafina), “imobilização”, prendedores, pesos e uma infinidade de equipamentos para se praticar tortura genital. Esta prática está na maioria das vezes inserida em um contexto mais amplo. É muito raro uma sessão só de tortura genital, entretanto muitos homens e mulheres são particularmente sensíveis a castigos genitais, estimulando o(a) Dominador(a) a gastar mais tempo nesta modalidade. A tortura genital no homem submisso é conhecida como CBT (Cock and Ball Torture) e compreende toda e qualquer prática visando a impossibilidade de ereção, dor e/ou castigo físico no pênis, bolsa escrotal e púbis.
Trampling: É o ato de ser pisado(a) pelo dominador(a) estando este(a) descalço(a) ou com sapatos. Mais comumente observado no fetiche por pés. O risco do trampling é a pressão exercida por saltos altos muito finos, concentrando o peso do corpo do dominador(a) em uma área muito pequena. Novamente, cabeça, pescoço, plexo solar, e região genital são proibidos segundo relatos dos praticantes do BDSM. Admite-se o trampling na região genital, desde que feito sem sapatos, e dentro da tríade do S.S.C., o conceito de segurança é duplamente observado. Um trampling na região genital masculina pode causar sérias lesões e, até mesmo, a perda das gônadas. Trampling no pescoço invariavelmente conduz a morte.
Trave:Vide Cavalete.
Tronco: Vide Pelourinho.
Travestimento: Vide Crossdressing.
TT (Tit Torture): Do inglês, tortura nos seios.
U
Urofagia: Ingestão de Urina.
V
Vampirismo: Cenas que envolvam sangue, com ou sem sua ingestão. Encenações de vampiros.
Velas – Cera: Prática dentro do BDSM onde a parafina de uma vela é gotejada no corpo do submisso(a). Deve-se evitar derramar parafina muito de perto, bem como não se utilizar velas coloridas, porque o corante da parafina aumenta o ponto de liquefação da mesma. Velas coloridas, aromatizadas e similares, podem ocasionar queimaduras sérias.
Vela de Sete Dias: Vela mais grossa cuja cera se acumula fartamente. A quantidade de cera que pinga sobre o corpo da escrava é maior, porém, com temperatura mais baixa.
Vendas: Usadas para restringir a visão da escrava.
Vergar: Ato e subjugar e dominar a escrava e assim conseguir sua entrega e/ou obediência.
Vergas: Vide Butt-Plug.
Vibrador / Vibro: Utensílio de prazer, utilizado para estimulação sexual da escrava.
Vistas Baixas: Usualmente imposta à escrava no BDSM como forma de demonstrar submissão.
W
Water Sports: Na sexualidade humana, os mais profundos tabus são contra-balanceados pelo desejo de transgredir a fronteira tênue entre o permitido e o proibido. Neste tópico, abordaremos as atividades mais comuns associadas a Water Sports: enemas e golden shower (urina). Talvez, o desconforto que este assunto provoca explique a escassez de trabalhos e estudos sérios a respeito de Water sports como manifestação erótica. Mas o que é afinal Water Sports? É interesse erótico na eliminação, tanto natural como induzida (enemas) de fezes e urina. Clinicamente, os atos e práticas a ela associados são classificados como parafilias. Assim, Clismafilia é a erotização com enemas, Urofilia é o estímulo erótico por ver, entrar em contato, receber no corpo urina, ou urinar em alguém. Coprofilia é similar a Urofilia, mas envolve fezes, Cateterofilia é o estímulo erótico em usar ou aplicar em alguém um cateter, para controlar ou expelir urina. De todas estas práticas, os golden showers (ato de urinar ou receber urina no corpo do parceiro(a) e os enemas ( introdução de água no ânus, através de um irrigador) são as mais comuns). Toda e qualquer atividade de Water Sports tem um grau de risco. Um enema feito de uma maneira inadequada, por exemplo, pode ter conseqüências fatais. Urina, mesmo sendo um ambiente hostil para vírus e bactérias não está acima de infecções. Um cuidado muito grande durante as atividades foi observado em todas as descrições e relatos dos praticantes de Water Sports. Dentro do BDSM enemas e golden showers são formas utilizadas para simbolizar submissão e posse e também são utilizados como instrumentos em dominação mental, pois associam a sensação de uma profunda “entrega” (o cólon e reto dilatados por uma certa quantidade de água) à atividade de evacuar que o ser humano faz em absoluto isolamento. É uma experiência psicológica profunda receber um enema de um dominador(a), ter de reter este enema por uns 15 minutos, e depois ir ao banheiro sem poder fechar a porta para expelir o enema.
X
X: Posição muito prática e eficiente de se prender a escrava, por deixar seu corpo totalmente indefeso e acessível.
W
Wash: Cena que consiste em se lavar e/ou higienizar a escrava.
Wax: Vide Vela.
Wraps: Prática semelhante à “mumificação”, porém, sem a cobertura total do corpo da escrava.
Z
Zelofilia: Prazer derivado do ciúme. Jogos e cenas que envolvam ou provoquem ciúme.
Zoofilia: Prática sexual envolvendo animais.