(Respeito total) O primeiro tipo é quando não se permite nem um
tipo de intimidade focando a relação fora de aspectos sexuais para o submisso, mas
sempre se da uma remota esperança de ele conquistar a tão sonhada intimidade. A alimentação da esperança é exercida até passar a primeira crise de abstinência e dai alívios não serão mais cogitados e o assunto, possibilidade de alivio, não fará parte mais da relação. A privação absoluta consiste em não ter nem um tipo de intimidade
por parte do sub. Ele não beija, não olha, não toca na domme. Ele apenas a
venera em palavras e é usado como ela quiser sem necessidade de manifestações
de afeição por parte da domme. *A
inversão ganha uma conotação de humilhação e maltrato, deixando de ser feita de modo a possibilitar prazer sexual para o sub.
Com o tempo o sub se acostuma a não ter e nem receber carinho e age com
obediência total sem precisar de tipo de estímulo.
(Adoração e perda) O segundo tipo é quando se permite um pouco de
intimidade por parte do sub e depois faz a transição para a obediência
total. A privação parcial migrada para a
privação absoluta tem um caráter muito positivo, pois estimula adoração e
incentiva nele a adaptação para mudanças. Esse caminho tem a possibilidade de criar um
sentimento afetivo no submisso muito rapidamente e faze-lo sofrer muito com a
perda da intimidade física. A migração consiste em permitir que o sub tenha algum tipo de contato
físico inicialmente, tipo podolatria, servidão oral, massagem corporal, inversão visando o estimulo sexual anal no escravo, tease and denial, mas todos eles sem a possibilidade de orgasmos por parte do submisso. Depois da primeira crise de abstinência esse
tipo de intimidade com a domme é retirada.
Neste caminho a domme vai sempre lembrando a ele do dia que ele beijou
seu pés, lhe fez oral, ou quando ela permitiu ele gozar (caso ocorra), criando uma atmosfera
de saudosismo, mas que agora o alívio não vai fazer mais parte da relação devido a constatação
por parte da Dominadora da inferioridade dele. Algumas dommes chegam a fazer
sexo e depois tiram essa intimidade da relação. Mas manter relações sexuais com escravos é sempre um risco de dar uma conotação baunilha, por isso muito cuidado no modo de fazer. A chave da questão sexual na ótica da castidade é incentivar o desejo no submisso... A dominadora pode dizer que gostava dele, mas
que não gosta mais. Que foi bom no começo, mas se decepcionou. Que agora só vai
aceitar a relação com ele devido à obediência e não pelo sexo. Mas dar esperanças é sempre uma ótima ferramenta de manipulação para a domme, sendo assim, dizer que um dia as coisas podem voltar a
ser como antes acaba estabelecendo um novo caminho de obediência total.
(Controle e gratidão) O terceiro tipo é quando o sub é privado
totalmente de intimidade e posteriormente passa a ter algum tipo de
benefício. Normalmente esse é um modelo
onde muitas relações se degastam no D/s, pois se desgastam devido a aspectos particulares das relações baunilhas, mas mesmo assim ele é um método viável de acontecer e dar certo também. Esse caminho consiste
em privar o sub de intimidade com a domme inicialmente e na medida que ele
cumpre tarefas e agrada a dona, lhe é permitido ter algum tipo de intimidade.
Normalmente, as dommes exigem mendigância por parte do sub para eventualmente
permitir que ele tenha algum tipo de prazer. E para cada gesto dela, ele deve
agradecer e realmente demonstrar que é grato pelo que ela permitiu. Mas chega
um momento onde a relação pode perder a conotação BDSM e também de supremacia
feminina. Muitas Dominadoras permitem intimidade, mas sem orgasmos por parte do
sub. Isso ajuda a manter o foco dessa relação em uma perspectiva da castidade.